
Na Avenida é silêncio
Um silêncio que ecoa
Alcançando ruas e clubes
E corre, voa
Acinzentando os dias
Que seriam coloridos
Barulhentos
De diversão e aprendizado
A bateria calou-se
Ficou no canto
Empoeirada
Apenas lamenta,
Espera o passar das horas
Período silencioso,
Superficial e de improvisos
A bandeira está guardada,
Sem brilho
As fantasias amontoam-se
Sem serventia
Colombina
Ficará em casa
Pálida,
Desolada
Pierrot estará tranquilo
De cara limpa
Não irá chorar
Somente, ficará triste
Mas aliviado
Não verá
O que seu coração não quer
Arlequim descansará
Sozinho,
Na cadeira preguiçosa.
Tudo diferente!
Sem som, sem cor,
Sem folia
